quarta-feira, 3 de junho de 2009

Blairo Maggi: a personificação de como "A Copa do Meio Ambiente" é uma falácia

Blairo Maggi ataca Incra e defende motosserra movida a etanol - De Andréa Leal para o site da Agência de Notícias Repórter Brasil

Em 2 de dezembro de 2008, de passagem pela capital norte-americana, a convite do Instituto Cato - organização não-governamental (ONG) destinada a promover a "liberdade individual, os mercados livres e a paz", o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, disse, em tom irônico, que se esforçaria para que "assim como nossos tratores e aviões agrícolas, as motosserras também passem a ser movidas a etanol". Disse ainda que uma prova de que a questão indígena está sendo bem conduzida é o aumento da população de índios. E a demora da regularização fundiária é um problema causado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que "está ocupado pelo Partido dos Trabalhadores [PT]". Esse foi o retrato do Brasil apresentado pelo governador do Mato Grosso, no evento realizado na capital norte-americana.
Ao falar do trabalho escravo utilizado por muitos empreendimentos agrícolas no Brasil, Maggi saiu com essa: "O que é chamado de trabalho escravo, na maioria das vezes, não passa de 'irregularidades trabalhistas' ". Sobre o troféu "Motossera de Ouro", a ele conferido pelo ambientalistas do Greenpeace, mais uma vez ironizou, ao classifcar o título como "uma honrraria".
Por sua vez, o ministro chefe da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), Roberto Mangabeira Unger recebeu elogios de Maggi. Trata-se de "um grande entendedor da Amazônia", definiu o político. O único setor do governo federal criticado foi o Incra. Segundo ele, o processo de legalização de terras na Amazônia tem sido lento porque o órgão responsável pela tarefa foi ocupado por membros do PT. O Incra, por seu turno, acusa Maggi, que resiste em aceitar decisões de administrações passadas e em reconhecer os títulos de pequenos proprietários concedidos na época da colonização da Amazônia.

Resumo da Ópera: A FIFA, assim como não levou o Futebol em conta ao escolher Manaus em detrimento de Belém como sub-sede do Mundial 2014, também não considerou questões relativas ao meio ambiente e até mesmo direito à dignidade humana ao escolher a capital do Mato Grosso de Blairo Maggi, estado que é um dos campeões da devastação de terras e da utilização do trabalho escravo no Brasil, o que só confirma que o slogan "A Copa do Meio Ambiente" é um verdadeiro engodo.

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